sábado, 27 de agosto de 2011

O fantasma da(o) ex...

Dificilmente você namora ou está enrolado com uma pessoa 0 km. Seu
grande amor provavelmente já teve um outro grande amor antes de você,
assim como você tem alguma quilometragem percorrida também. Normal. O
problema é quando o ex do seu amor não ficou no passado: ainda ronda o
presente.

Você achava que ele estava morto e enterrado, mas que nada, o fantasma

ainda assombra. Manda e-mails pro seu amor, telefona de vez em quando,
surge nos mesmos lugares em que vocês estão. Uma praga. Vocês
construíram uma relação supersólida, está tudo indo mais do que bem, não
há motivo para desconfiança ou insegurança.
Mas até quando? O ser humano é saudosista por natureza. De repente, num
momento de carência, você pode não estar por perto e o seu amor se
deixar levar por uma sessão nostalgia. Quem garante que não?

Ninguém garante nada nesta vida. Mas não vejo muita razão para alguém se

preocupar demasiadamente com os ex. Eles já tiveram sua vez. Por alguma
razão, não deu certo. Eu sei, eu sei, isso não quer dizer absolutamente
nada, os dois podem ter continuado a se amar mesmo assim, eles podem ter
deixado arestas por apontar, eles podem ter coisas entaladas na garganta
para dizer um ao outro. Assustador. Mas também é muito provável
que, se eles tentarem de novo, vão esbarrar nos mesmos problemas que os
fizeram separar. Ex é prato requentado. Quase um parente.

Eu não tenho fobia com ex, ao menos não com um ex que tenha sido bem

vivido, bem curtido. Fico mais apreensivo em relação àqueles que podem
vir a ser casos passageiros, aventurazinhas bobas, mas que podem
surpreender. Não temo fantasmas, temo gente bem viva, bem acordada,
oferecendo novidades, fantasias. Ex é um direito adquirido. Chegou
antes. Tem privilégios. Merece respeito. E se seu grande amor cair nessa
armadilha, terminar com você e voltar para o passado, relaxe, não se
apavore. Será sua vez de assombrar. O ex agora é você.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Você é...


Você é os brinquedos que brincou, as gírias que usava, você é os nervos a flor da pele no vestibular, os segredos que guardou, você é sua praia preferida, Garopaba, Maresias, Ipanema...


Você é o renascido depois do acidente que escapou, aquele amor atordoado que viveu, a conversa séria que teve um dia com seu pai, você é o que você lembra. 


Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro,a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora. 


Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, você é o pelo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, você é as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta,os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda. 


Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, você é o desprezo pelo o que os outros mentem,o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema, que cansado não desiste,você é a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, você é o que você queima. 


Você é aquilo que reinvidica, o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta, 
você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás,
serpenteia, atalha, busca, você é o que você pleiteia. 


Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê. Você é o que ninguém vê.


Martha Medeiros

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Repórter sem noção

Repórter estava fazendo uma matéria no centro de Curitiba, mais precisamente na Praça Osório, quando de repente toca o celular e adivinhem, ela atende no meio da matéria que estava sendo exibida ao vivo para o jornal do meio dia! E o pior deixando uma saia justa para os jornalistas do estúdio...